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Museu de Arte do Rio Grande do Sul

Margs

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Margs - Foto: Curadoria

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), reúne mais de 5.000 obras de arte em seu acervo, desde a primeira metade do século XIX até os dias atuais, abrangendo diferentes linguagens das artes visuais, como pintura, escultura, gravura, cerâmica, desenho, arte têxtil, fotografia, instalação, desempenho, arte digital e ‘design’, entre outros.

Essa coleção de arte do museu é composta por arte brasileira, com ênfase na produção de artistas gaúchos, e também por obras de artistas estrangeiros, da qual conta com nomes significativos da arte mundial. Além disso, o Margs possuiu um acervo documental com mais de 8 mil publicações bibliográficas e 5 mil pastas contendo documentos sobre a trajetória de artistas e a história de agentes do sistema artístico.

A criação do museu

O Margs foi fundado em 27 de julho de 1954. Ao contrário de outros museus, fundados quando já existe uma coleção reunida à espera de organização e institucionalização, o Margs foi criado por um decreto (n° 5065) sem acervo ou sede própria. Era preciso um nome para administrar o projeto, e a escolha recaiu sobre Ado Malagoli, um pintor e professor laureado que possuía também os talentos indispensáveis de organizador e gestor cultural, além da bagagem de uma sólida formação intelectual e acadêmica.

O Margs surgiu como um dos primeiros projetos museológicos de importância e abrangência no Rio Grande do Sul. A orientação imprimida por Malagoli tinha o propósito de atualizar o circuito artístico local por meio da constituição de um acervo composto por prioridades regionais e nacionais, incluindo artistas contemporâneos. Este papel atualizador acompanhou já as primeiras exposições temporárias apresentadas — que discutiam a modernidade no Brasil, as novas possibilidades de expressão, resgatavam áreas negligenciadas como os primitivos e a arte sacra —, bem como pelos seus ciclos de palestras, abordando temas como o colecionismo, a legitimação das vanguardas e o sistema institucional da arte. A primeira exposição realizada pela instituição, intitulada “Arte brasileira Contemporânea”, ocorreu em 1955, na Casa das Molduras.

As primeiras sedes

A sede do museu, ao longo da sua existência, ocupou diferentes espaços em Porto Alegre. Primeiramente, em 1957, foi instalado no ‘foyer’ do Theatro São Pedro, sendo sua inauguração marcada por uma retrospectiva de Pedro Weingärtner. Em 1958, foi aberta uma exposição de Candido Portinari que atraiu grande público e serviu para consolidar a presença do Margs no circuito de arte local.

No início da década de 1970, com o fechamento do Theatro São Pedro para reforma, o museu foi transferido para a sobreloja do Edifício Paraguay, na Avenida Salgado Filho. A partir desta época, a instituição passou a documentar sistematicamente as suas atividades, iniciando a publicação de um “Boletim Informativo”. Também organizou os primeiros núcleos, assim profissionalizando a estrutura e a rotina administrativa da operação conforme parâmetros museológicos.

O atual prédio

Somente em 1978 o museu instalou-se definitivamente na atual sede, o prédio localizado na Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre. O prédio foi construído em 1913 para abrigar a Delegacia Fiscal. O imponente edifício, de quase 5.000m2, foi encomendado à firma do engenheiro Rodolfo Ahrons com projeto do arquiteto alemão Theo Wiederspahn, tendo sido tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1981. Três anos mais tarde, a Subsecretaria de Cultura do Estado o reconheceu como de interesse público por seu valor histórico-arquitetônico. Passou, então, a integrar o patrimônio cultural do Rio Grande do Sul. Em 1985, foi contemplado com o tombamento definitivo em nível estadual.

Na década de 1980, o museu ganhou mais visibilidade, recebeu melhorias na sua estrutura e instalações, e realizou exposições de impacto, além de editar livros sobre artistas locais de reconhecimento. Também nesta década foi fundada a Associação dos Amigos do Margs (1982).

Entre o final de 1996 e início de 1998, o prédio passou por um profundo trabalho de reforma, motivado pelo seu estado de deterioração. Com o restauro completo por que passou o prédio, recuperando toda sua infraestrutura e recebendo climatização e equipamentos expositivos atualizados, o Margs pôde enfim amparar-se em parâmetros museológicos de operação, alavancando uma rápida expansão de suas atividades com projeção no cenário nacional e mesmo internacional. Nesta época, o Núcleo de Restauro foi completamente aparelhado, tornando o museu independente também neste campo. Entre 2006 e 2007, a estrutura externa do prédio e terraço foram novamente restaurados, recebendo pintura e demais reparos de manutenção.

A instituição

Articulado com outros museus do país, o Margs proporciona sustentação a projetos (inter)nacionais. Sendo já desde sua fundação um agente decisivo na dinamização do circuito cultural gaúcho, em décadas recentes o museu traz a Porto Alegre exposições de grande importância. Também tem abrigado seções especiais da Bienal do Mercosul em todas as suas edições, desde 1997.

O museu tem como principal finalidade colecionar, catalogar, documentar, guardar, conservar, restaurar e exibir os seus acervos documental e artístico, de modo a desenvolver exposições e atividades que proporcionem aos públicos, experiências enriquecedoras, além de gerar produção de conhecimento e difusão de conteúdos. Ao procurar promover saber e experiências avançadas sobre a história da arte e a produção em artes visuais, tem como compromisso democratizar o acesso a este conhecimento por meio do desenvolvimento de programas, ações e estratégias voltadas para os diversos públicos aos quais a instituição se volta, com especial atenção à constituição e formação desses públicos.

Além de integrar a estrutura da Secretaria da Cultura, o Margs se mantém graças aos esforços da sua associação. A Associação dos Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul — AAMARGS — é uma instituição sem fins lucrativos cujo objetivo é dar sustentabilidade aos trabalhos do museu.

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul investe em uma política curatorial e educacional que se volta em grande parte aos acervos artístico e documental do museu, através de visibilidade e produção de conhecimento original a partir dessas coleções.

Diretor-curador: Francisco Dalcol

Funcionamento: de terça-feira a domingo, das 10h às 19h (último acesso 18h30).

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